sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O Que é um Sexo Normal?



A maioria das pessoas se mostram relutantes em falar sobre sua vida sexual, o que é compreensível até certo ponto, pois é um assunto íntimo que só diz respeito a si mesma e ao seu parceiro sexual. Algumas pessoas podem não querer revelar sua intimidade por não saber se o sexo que elas fazem é considerado um sexo normal ou dentro dos limites permissíveis socialmente.
A questão é que o sexo pode variar e muito de pessoa para pessoa e de casal para casal. Isso porque há gostos, preferências e fetiches sexuais particulares e existem inúmeras tendências mundo afora que inclusive te deixariam de cabelo em pé se você soubesse. Algumas pessoas podem dizer que sexo anormal é aquele que envolve sadomasoquismo, algum fetiche bizarro, transar em locais muito inusitados ou posições muito malucas. Porém, não se deveria pensar assim, afinal quem determina o que é normal ou não? O que é normal e natural para uma pessoa pode não ser para outra e vice-versa.
Por exemplo, um sexo tradicional papai e mamãe pode ser um sexo normal para alguns casais à moda antiga, enquanto que essa mesma posição pode ser anormal para casais mais ousados e liberais que nunca praticam essa posição. A normalidade tem muito a ver com a preferência de cada um, e só você poderá dizer o que é ou não um sexo normal e ninguém deve interferir nisso, ainda mais quando se fala em sexo.
Porém, pode-se considerar como sexo normal aquele que a maioria dos casais ao redor do mundo pratica por uma questão pura e simplesmente estatística, e anormal aquele sexo que é fora do comum e que uma minoria pratica mundo afora.

Sexo fora dos padrões

Um sexo que muitas pessoas consideram diferente, fora dos padrões e incomum é o ménage à trois, sexo grupal ou suruba, exibicionismo, vouyeurismo e coisas do tipo. O sexo que envolva outras pessoas, seja uma terceira pessoa, troca de casais, desconhecidos, exposição ou exibição da prática para outras pessoas, não é algo que muita gente faça e aceite.
Apesar disso, sabe-se que nos últimos anos cresceu o número de casas de swing no Brasil e no mundo, ou seja, isso demonstra que mais pessoas estão frequentando, seja por curiosidade, seja para participar. Daqui a uns anos, tudo indica que essa prática será considerada normal.
Sadomasoquismo: normal ou anormal?
Para muitas pessoas, sadomasoquismo e BDSM de uma forma geral pode ser considerado sexo fora da realidade, por envolver jogos de prazer e dor, que geralmente incluem cordas, algemas, açoites, mordaças, dentre outras coisas. Porém, o sadomasoquismo se popularizou e muitas pessoas nos últimos anos se deixaram experimentar esse tipo de sexo, acabaram gostando e aderindo às técnicas. Nem todo mundo gosta, mas se nunca experimentar, nunca irá saber, certo?
A verdade é que o BDSM deixou de ser um assunto tão tabu assim, ainda mais depois do lançamento da saga “50 Tons de Cinza” em que o assunto é tratado, mesmo que superficialmente. Sabe-se que milhares de pessoas ao redor do mundo são sádicos, masoquistas ou os dois, e isso não é novidade faz tempo. Hoje em dia, encontrar pessoas que imergem nesse universo na hora do sexo não é assim tão surpreendente.
Em uma sala cheia de pessoas, pode-se dizer que pelo menos 20% curte BDSM e isso não é espanto e muito menos considerado errado; por este motivo, o sadomasoquismo, de certa forma, pode ser considerado um sexo normal para muitos, ou pelo menos não tão anormal assim.

Sexo normal

Se você tem curiosidade em saber se faz um sexo normal, basta refletir se você e seu parceiro fazem sempre as mesmas posições, se evitam fazer em locais diferentes, se restringem o sexo a vocês dois, se utilizam poucas técnicas diferentes como pompoarismo, uso de brinquedos eróticos, sexo tântrico, dentre outras coisas.
Basicamente, o sexo normal baseia-se naquelas posições tradicionais e nem por isso chatas como o homem por cima, mulher por cima, cachorrinho e de lado. O sexo anal pode ser considerado também sexo normal, pois apesar de algumas mulheres ainda recusarem fazer, esse sexo deixou de ser tabu e é constantemente praticado por vários casais.
O sexo normal geralmente também tem um tempo determinado: casais que fazem sexo uma ou duas vezes por semana ou a cada 15 dias podem ser considerados normais, aqueles que fazem mais vezes por semana ou demoram mais tempo para transar são tachados de fora dos padrões. Na realidade, o que importa é se o casal está satisfeito com a frequência com que fazem sexo, pois na área médica não há nada que indique ou relate que fazer mais ou menos vezes é um problema, pelo contrário.

Sexo anormal

Sexo anormal para muitas pessoas é aquele que envolve bizarrices e fetiches estranhos. Existem incontáveis fetiches que foram surgindo com o passar do tempo, alguns mais conhecidos como a zoofilia, que trata-se do prazer em transar com animais, pessoas que sentem atração sexual por pés, ou até outros menos conhecidos e considerados ainda mais esquisitos, como sentir prazer sexual por plantas, estátuas, gostar de ser tocado por fezes, urina ou vômito, esmagar insetos durante o sexo, colocar insetos nos órgãos genitais, sentir atração sexual por bichos de pelúcia, ser obcecado sexualmente por uma parte específica do corpo como os olhos, por exemplo, dentre muitas outras.
Esses fetiches são realmente incomuns e muitas pessoas podem chamar de distúrbios e doenças psicológicas por muitas vezes ultrapassarem os limites do aceitável socialmente. Alguns podem chocar as pessoas e fazer com que elas repudiem esse tipo de pessoas, mas quem pode julgar os outros, não é mesmo? Esses fetiches podem fazer te parecer normal sexualmente, mas ninguém faz ideia do que pode passar lá no fundo dos pensamentos mais obscuros de cada um. Viva o sexo, seja um sexo normal ou anormal! O importante é viver bem e se satisfazer sem fazer mal a ninguém.

http://irresistivel.com.br/o-que-e-um-sexo-normal/

Sedução ...

Devora




Ah... Esses seus olhos que me olham com a fome de quem quer devorar a vida! Me percorre com a certeza de quem quer se perder. 
Rosi Coelho

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Minha boca ....




Minha boca
é pouca
pro desejo
que anda à solta.
Martha Medeiros

Conto - Frederico Elboni


Que mulher não gosta de sorrir e gemer?

Ela gemia tão gostoso. E só de ler isso talvez ela já ficasse envergonhada mostrando aquele sorriso contido. Ela também gostava de segurar a caneca com as duas mãos, como quem protegia algo. E quem a via assim, não imaginava como ela gemia gostoso. Mas eu sabia. E isso já era o suficiente.

Era antagônico perceber como a busca incessante pelo seu gemido era consequência do meu prazer. Eu procurava ali, entre partes internas das coxas, orelhas e tonturas, aquele gemido que a deixava em constante euforia. Até porque que mulher não gosta de sorrir e gemer? É, eu também desconheço.
Hoje, sendo cais das nossas próprias quedas, a beijo como se não houvesse amanhã, e no corpo dela sussurro com as minhas mãos como a amo e a quero bem. Com a boca desenho nossos amores naquele pescoço de perfume menina-mulher. E com o olhar a compreendo. Compreendo, e vejo ali, não uma mulher que me empresta o coração e a alma, mas sim, que me empresta o verbo, o ombro, o tempo, o calor e a coberta, tudo isso num infinito totalmente nosso.
Ah, que delícia ter essa mulher todinha pra mim. Mulher com mistério de rio e turbulência de mar.
Sem dúvidas do meu querer digo a todos – às vezes até mais alto do que deveria – que o nosso amor se fez assim, refletindo em mim, a minha maior vontade de fazê-la sorrir; seja gemendo ou deixando aninhar-se em meu peito.
http://www.entendaoshomens.com.br/que-mulher-nao-gosta-de-sorrir-e-gemer/

Afinal, pelo que as mulheres têm tesão?




A pergunta que jamais calou (e ainda está longe de calar) no século XXI: O que as mulheres querem? De psicólogos a poetas, todos formularam infinitas teorias para tentarem explicar o mistério, e confesso que ainda não compreendi. Mesmo sendo mulher, e amando sê-lo, prefiro estudar todas as leis da metafísica do que tentar explicar as razões de uma TPM.
Mas quando o assunto é tesão, eu me arrisco a um palpite. Portanto, homem, antes de continuar essa leitura, esquece esse bíceps. Juro, pode esquecer. Você não deve a ele nem uma ínfima porcentagem de mulheres (veja bem, mulheres) com as quais você transou.
Aquela última, lembra? Provavelmente sentiu-se atraída pelo seu cheiro ou pelo modo como você fumava, ou pelo tom da sua voz quando disse “alô” ao telefone. Talvez pelo seu andar, pela combinação jeans + camiseta branca, pelo modo como você dirigia enquanto acariciava a coxa dela ou pelo seu papo espirituoso. Enfim, existem milhões de possibilidades que podem tê-la deixado molhada logo que pôs os olhos em você, mas isso provavelmente não teve muito a ver com o seu bíceps – ou com a sua conta bancária, se é nisso que você está pensando.
Não dá pra explicar – como todas as coisas maravilhosas na vida – o que é que leva alguém a sentir tesão. Se fosse assim, ninguém precisaria se masturbar. 
A verdade é que tem muita gente errando nos elementos afrodisíacos, por assim dizer. Calma – no vinho você tem acertado. O erro está – na minha humildíssima opinião – no modo como as pessoas costumam conquistar. Cultivando o artificial e deixando a naturalidade de escanteio. Calma de novo – Não há nada de errado com ir à academia, antes que os marombas de plantão comecem a me bombardear. Não, não existe um manual quilométrico. Pode acreditar em mim: Existe, apenas, um charme natural a ser cultivado. O seu charme.
 um abdomen sarado, uma barba sedutora ou seja lá o que for. Tesão é instintivo demais para obedecer um padrão. Ele vem de uma conversa na hora certa, de um olhar que diz algo que a outra pessoa consegue, imediatamente, captar. De um cheiro que faz ela querer chegar mais perto ou de um abraço despretensioso que funciona como uma amostra grátis do que você pode proporcioná-la (sim, nós observamos isto).
As mulheres que vão te proporcionar um sexo gostoso sentem tesão pela sua história, pela sua voz, pelo som da sua risada, por qualquer detalhe seu que tenha uma conotação sexual (não proposital, evidentemente). Mulheres bem resolvidas não querem transar com um bíceps ou um par de coxas. Querem transar com um homem: Com vivências e peculiaridades, capaz de proporcionar experiências que vão (muito) além do orgasmo.
http://www.entendaoshomens.com.br/afinal-pelo-que-as-mulheres-tem-tesao/

Libido definição



Libido (do latim, significando "anseio ou desejo") é caracterizada como a energia aproveitável para os instintos de vida. De acordo com Freud, o ser humano apresenta uma fonte de energia separada para cada um dos instintos gerais.
"Sua produção, aumento ou diminuição, distribuição e deslocamento devem propiciar-nos possibilidades de explicar os fenômenos psicossexuais observados" (1905a, livro 2, p. 113 na ed. bras.)
A libido apresenta uma característica importante que é a sua mobilidade, ou a facilidade de alternar entre uma área de atenção para outra.
No campo do desejo sexual está vinculada a aspectos emocionais e psicológicos.
Santo Agostinho foi o primeiro a distinguir três tipos de desejos: a libido sciendidesejo de conhecimento, a libido sentiendidesejo sensual em sentido mais amplo, e a libido dominendidesejo de dominar.

Psicanálise

A obra de Sigmund Freud retoma o conceito de libido e lhe confere um papel central. Em seus primeiros trabalhos, a libido é o impulso vital para a auto-preservação da espécie humana, e compreende a libido como a energia sexual no sentido estrito, como o fenômeno do "impulso" do desejo e do prazer. Mais tarde, ele volta a enfatizar essa visão mais geralista de que o impulso de auto-preservação tem origem libidinosa, e confronta a libido com o instinto de morte. Em seus escritos posteriores, especialmente em “Além do Princípio do Prazer” (1920), ele usa, em vez da palavra libido um sinônimo Eros, que descreve como sendo a energia que impulsiona a vida. Na obra “Psicologia das Massas e Análise do Eu” (1921), ele definiu a libido como sendo a "energia de tais instintos, que tem a ver com tudo o que pode ser resumido como o amor."
A libido segundo Freud, não está relacionada somente com a sexualidade, mas também está presente em outras áreas da vida, como nas atividades culturais, caracterizadas pela sublimação da energia libidinosa de Freud.
Segundo a teoria da libido em Freud, na infância a libido se desenvolve por fases e por várias etapas características do desenvolvimento:oralanalfálicaedipiana e, finalmente, uma fase genital (ver artigo principal: Teoria da unidade). Distúrbio do desenvolvimento da libido pode levar a transtornos mentais, de acordo com Freud.
Carl Gustav Jung quis dizer com a libido, em geral, toda a energia mental de um homem. Ao contrário de Freud, Jung considera que esse poder como semelhante ao conceito do Extremo Oriente do chi ou prana, ou seja, como um esforço geral para alguma coisa.
Lacan disse que a libido marca a relação na qual o sujeito toma parte da sexualidade, com sua morte.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Instintos ...


E o que vem depois do querer ? Quereres sem fim ...sem hora, lugar e motivos ...Tudo instintivo, porque por mais que tentamos disfarçar somos bicho !

Sonhos ...

15 beijos indicados pelo Kama Sutra - Liliane Rose Christ



A gente sabe que não existe regra para o beijo perfeito, talvez, o “beijo perfeito não existe”. O que existe é o beijo em que rola química. Pois é preciso química para se fazer um bom beijo. a química que encaixa o seu beijo no beijo do outro pode representar muito sobre a afinidade de vocês dois, como personalidade, ritmo de vida, ansiedades e desejos em comum. Existe até gente que tentou categorizar os tipos de beijo, imaginem só! Eles devem ter feito uma pesquisa imensa beijando muitas bocas e provando de tudo um pouco para chegar a uma lista que especifica os “tipos de beijos.


  1. Beijo Mordida de Javali – O beijo inspirado na mordida do javali é aquele beijo que geralmente é dado no ombro e deixa riscos, marcas, listras vermelhas fazendo lembrar da forma das pegadas de um javali.
  2. Beijo A nuvem quebrada – O beijo nuvem quebrada é o beijo que dado no peito, numa forma de sucção, faz com que uma parte de pele fique entre os dentes.
  3. Beijo Mordida escondida – Esse é o beijo forte que deixa como consequência uma marca no interior do lábio inferior.
  4. Beijo com mordida clássica – Beijar pegando uma grande quantidade de pele com os dentes.
  5. Beijo O ponto – Aquele beijo que deixa uma pequena marquinha de pressão dos dentes.
  6. O coral e a jóia – Esse tipo de beijo consiste na junção dos dentes e dos lábios.
  7. Beijo de lado – Esse beijo acontece naturalmente quando a cabeça das pessoas envolvidas apontam para direções opostas. Esse é o famoso beijo de filme que permite o melhor contato labial e melhor penetração da língua na boca do parceiro.
  8. Beijo inclinado – Esse beijo acontece quando uma das pessoas coloca a cabeça para trás, e a outra, normalmente segurando o fugitivo pelo queixo da um beijo afetuoso.
  9. Beijo direto – O beijo direto acontece quando as bocas se encontram num ritmo bem orquestrado e se chupam como se estivessem degustando uma fruta ao ponto.
  10. Beijo pressão – Esse beijo é o famoso selinho, o kama sutra chama de beijo pressão, pois é o resultado de um leve pressionamento de lábios.
  11. Beijo broche – Quando um dos dois se prende aos lábios de seu amante, isso é chamado de beijo broche. E se o que realiza o beijo toca seus dentes, a gengiva ou o céu da boca com a língua, esse beijo chama-se “luta de língua”.
  12. Beijo que desperta  – O beijo que se dá nas têmporas, próximo da raiz do cabelo, quando o outro está dormindo, para despertá-lo com suavidade.
  13. Beijo que demonstra – Costumam ser dados à noite e em lugares públicos. Um dos dois se aproxima do outro e o beija suavemente na mão ou no pescoço.
  14. Beijo da lembrança – É dado quando os amantes estão descansando após a satisfação sexual e um dos dois coloca a cabeça sobre a coxa do outro e deixa-a cair, como se estivesse com sono, beijando-lhe na coxa ou nos dedos do pé.
  15. Beijo transferido – Esse beijo ocorre quando o amante, na presença da amada, beija alguém que esteja próximo dele no rosto, ou mesmo alguma foto ou qualquer outra coisa, olhando para ela como se o beijo fosse para a parceira.

Brincar de esconde-esconde ...





Não tenho mais idade pra brincar de esconde-esconde
Vem me pegar.
Martha Medeiros

Karezza é técnica que propõe sexo sem orgasmo



  • Método busca explorar mais o potencial de prazer do que o sexo convencional
Você já se imaginou fazendo sexo com o objetivo de não gozar? Essa é a ideia do Karezza, método que busca prolongar o ato sexual valorizando o afeto entre o casal, mas sem orgasmo. Carícias, sexo oral e penetração são permitidos, mas se sentir que está chegando "lá", pare e recomece.
A técnica originou-se do tantra, prática hinduísta, e o termo foi cunhado pela obstetra norte-americana Alice Stockham, no final do século 19. A diferença entre as duas práticas sexuais, segundo o mestre Victor Lino, diretor da escola Prakriti Yoga, em São Paulo, é que, no tantra, os orgasmos são permitidos.
Karezza vem da palavra italiana "carezza", que significa carícia e, apesar de antiga, não é muito conhecida no Brasil. "A população do Ocidente não consegue mudar o padrão de busca pelo orgasmo. O sexo, na maioria das vezes, serve como um tipo de descarga e, consequentemente, termina com o clímax", afirma o psicólogo Oswaldo Martins Rodrigues Jr., terapeuta sexual e diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade).
Esse tipo de sexo não permite chegar ao ápice do prazer para evitar a exaustão corporal --e energética-- e o fim do momento a dois rapidamente. "A busca pelo orgasmo virou uma obsessão. Em todos os lugares, é possível encontrar fórmulas para 'chegar lá'. Nada contra uma rapidinha, mas ter disposição para surpreender e prolongar as sensações de prazer é algo que enriquece a relação e as descobertas sexuais", declara a terapeuta sexual Margareth dos Reis.
Além disso, Rodrigues Jr. diz que, com o tempo, a prática pode ser grande aliada de homens que sofrem com a ejaculação precoce, por exemplo, e outras disfunções sexuais. "Técnicas semelhantes têm sido utilizadas nos últimos 60 anos para tratamento de modo a validar a ideia que o prazer não depende do orgasmo", diz o especialista, alertando que ainda não existem estudos a respeito.
Qualquer casal pode praticar e é importante frisar que os adeptos do Karezza também podem ter relações com orgasmo --uma experiência não impede a outra. "Pares com vínculo afetivo aproveitarão mais esse tipo de experiência, que exige muita dedicação. Toda e qualquer técnica erótica é positiva para um casal, mas confiança e igualdade de objetivos são requisitos básicos para a eficiência do método. Ambos precisam estar dispostos", afirma Oswaldo Martins Rodrigues Jr., do Inpasex.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O desejo em pílulas - O primeiro remédio para aumentar a libido feminina foi aprovado nos EUA. O anúncio abre uma indagação ainda sem resposta: o prazer das mulheres pode ser regulado quimicamente?

O desejo em pílulas

Vamos falar de sexo? A hora é boa e incontornável, com a liberação, na semana passada, pela FDA, o órgão americano regulador de remédios e alimentos, da flibanserina, um medicamento que será vendido, em forma de drágeas cor-de­rosa, a partir de outubro nos Estados Unidos com o nome comercial de Addyi. A pílula foi anunciada como atalho para estimular o apetite sexual feminino. O tempo responderá a uma dupla questão que naturalmente se impõe depois da estrondosa autorização: ela terá a força comportamental revolucionária dos anticoncepcionais deflagrada nos anos 60 ou, em escala menor, o impacto nas relações sexuais imposto pelo uso do Viagra, a partir da década de 90? Não e não, é o que se pode responder agora. E, no entanto, essas negativas, ao contrário de encerrar um capítulo, abrem uma extraordinária janela capaz de iluminar uma busca comumente associada a um tabu, feita de silêncios e recuos: a compreensão do funcionamento do desejo da mulher, algo que a ciência e os estudos da psique humana estão muito longe de traduzir adequadamente.
A flibanserina age diretamente no cérebro. O remédio atua de forma a aumentar a liberação de dopamina, composto associado ao prazer e à excitação, e reduzir a quantidade de serotonina, relacionada à diminuição do interesse sexual. Esse intrincado mecanismo de ação foi descoberto ao acaso. Em 2006, técnicos do laboratório alemão Boehringer Ingelheim testavam um medicamento para a depressão. Em sucessivos experimentos, as voluntárias relataram um efeito colateral imprevisto - a melhora na vida sexual. A reação "adversa" (frisem-se aqui as aspas) surpreendeu os cientistas, já que antidepressivos tendem a apagar o fogo da libido. Desde então, a empresa mudou o rumo das pesquisas, investindo em estudos com o novo enfoque. Em 2010, contudo, a FDA barrou o lançamento comercial do remédio pela primeira vez (faria isso numa segunda oportunidade, até o recente aval). Desinteressada, a Boehringer vendeu o medicamento quase na bacia das almas para a americana Sprout. Na última quinta-feira, dois dias depois do sim para o Addyi, a Sprout foi adquirida pela Valeant Pharmaceuticals, do Canadá, por 1 bilhão de dólares.
Assustavam, nas recusas de comercialização do medicamento, os fortes efeitos colaterais apontados pelo próprio fabricante, como manda a legislação - a sedação, a queda da pressão arterial e os previsíveis desmaios decorrentes dessa condição. Mas o grande impeditivo foi a interação do remédio com bebidas alcoólicas. A combinação provoca uma baixa drástica e repentina da pressão arterial, podendo levar à síncope. A Sprout, sem saída, foi forçada a ampliar os estudos clínicos. Cerca de 11 000 mulheres participaram de ensaios com o composto. A FDA acatou as novas informações, verificou que os riscos estavam dentro de limites aceitáveis e cedeu - mas foi vencida mesmo por uma movimentação paralela. O laboratório americano coordenou uma agressiva campanha de marketing cuja ponta mais visível era um grupo feminista. As ativistas do Even the Score ("empatar o jogo") chegaram a acusar publicamente a FDA de sexismo pela negação do pedido de aprovação do remédio. Da soma de trabalhos nos laboratórios e do lobby em um tema sensível à sociedade americana, deu-se o o.k. definitivo.
A flibanserina agora liberada pela agência de saúde americana não é muito diferente da flibanserina anteriormente rechaçada. Os efeitos colaterais permanecem: 11% das mulheres sofrem com tonturas, outros 11% com sonolência, 10% com náuseas e 9% com fadiga. E a antiga preocupação da FDA com a mistura ao álcool não só existe, como será estampada em letras garrafais nas embalagens. Impôs-se, ainda, como condição para a aprovação que tanto médicos quanto farmacêuticos recebam treinamento para compreender com profundidade a combinação nociva da medicação com bebidas alcoólicas. Para as mulheres que adotarem o Addyi, não há dúvida, sexo e bebida serão um casamento proibido. E a quem essa pílula vai ser indicada? Ela foi desenvolvida para mulheres que ainda não entraram na menopausa e que sofrem de um problema sexual específico - o transtorno de desejo sexual hipoativo (TDSH). Em outras palavras, a falta crônica de libido. Ressalve-se que a afecção tem origem fisiológica - não se trata, de modo algum, de problema comum a mulheres "emocionalmente imaturas", como afirmou erroneamente o pai da psicanálise, Sigmund Freud, no início do século XX - embora nunca se deva esquecer a escassez de informações bioquímicas sobre o organismo humano então disponíveis para o gênio austríaco.
O TDSH atinge cerca de 7% das mulheres. Para elas, um comprimido de 100 miligramas da flibanserina ingerido diariamente ao longo de pelo menos oito semanas resultará no aumento de uma relação satisfatória a cada 28 dias. Significa que uma mulher que tenha uma relação sexual prazerosa passará a ter duas nesse período. Duas se transformarão em três etc. É pouco? Não convém transformar sexo e sentimentos em estatísticas. Diz o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, diretor do Centro de Pesquisas Clínicas (CPClin), em São Paulo: "A medicação não é milagrosa, tem pouca eficácia em comparação ao placebo e possui efeitos colaterais relevantes. Mas é melhor ter algo que apresente alguma diferença do que não ter absolutamente nada". Tudo ou nada, a rigor tanto faz, cada mulher tem sua conta própria, única, personalíssima e inexplicável, ao menos em condições de saúde normais. Nas sábias palavras do sociólogo americano Tim Wadsworth, da Universidade do Colorado: "Vejo que as pessoas se preocupam mais em ter a frequência sexual divulgada por amigos ao redor do que refletir sobre a assiduidade em si que gostariam de ter".
Por atalho didático, rapidamente a flibanserina foi apelidada de "Viagra feminino". Como recurso semântico, é perfeito, faz todo o sentido. Mas está errado. Se a flibanserina, com sua capacidade antidepressiva, mexe com o circuito cerebral da libido, no caso do losango azul do Viagra, o funcionamento é mecânico, relaxando a musculatura do pênis, aumentando o aporte de sangue ao órgão e levando-o à esperada ereção. Convenhamos, é mais simples, mais fácil. A engrenagem da libido feminina é ainda um grande mistério. A lubrificação, vital para o sexo, é mero detalhe, embora boa parte dos homens não se dê conta dessa constatação. O intumescimento do organismo feminino é regido por uma delicada sinfonia de hormônios, neurotransmissores, receptores cerebrais e mais tantos outros elementos desconhecidos da ciência. Os problemas de irrigação sanguínea, os descontroles hormonais ou qualquer outra disfunção têm ainda como barreiras as repressões psicológicas e comportamentais. É dura a vida da mulher se comparada à do homem.
Como a flibanserina não pode ser posta em pé de igualdade com a pílula anticoncepcional, que promoveu enorme mudança na sociedade, é o caso de considerá-la como filha desse avanço monumental. Em 1968, a escritora americana Pearl S. Buck (1892-1973), Nobel de Literatura, disse: "Todo mundo sabe o que a pílula é. Um objeto pequeno, mas que pode ter um efeito mais devastador em nossa sociedade que a bomba atômica". Ela estava certa. O anticoncepcional facilitou o controle da natalidade e libertou a mulher. O orgasmo, enfim, pôde ser dissociado do risco de engravidar. E o que se procura, agora, no limite, são mais orgasmos - mesmo que precisem ser induzidos com produtos químicos.
Não é fácil, mesmo em tempos tão liberais, enfrentar o assunto publicamente, mas seria ainda mais complicado sem a bravura pioneira de gente que cutucou preconceitos. O biólogo americano Alfred Kinsey (1894-1956) causou furor ao mapear os hábitos sexuais de homens e mulheres numa monumental série de 18 000 entrevistas. O célebre estudo, batizado de Relatório Kinsey, revelou que a masturbação era um hábito comum entre as mulheres. Mais: o clitóris, e não o canal vaginal, era o gatilho do prazer feminino. Uma revisão de seus dados, na década de 70, mostrou que nada do que ele publicou em seu primeiro relatório e no ainda mais polêmico Comportamento Sexual na Fêmea Humana, de 1953, pede revogação. Kinsey ajudou a derrubar os mitos sobre o prazer da mulher (que levariam seu tiro de misericórdia com outro relatório famoso feito nos mesmos moldes, pela feminista Shere Hite, nos anos 70). Ventilou, enfim, assuntos sobre os quais se guardava silêncio ou que se reservavam, na melhor das hipóteses, ao divã do psicanalista (Kinsey, aliás, detestava Freud, a quem considerava um mistificador). Pego em cheio pela onda moralista do macarthismo, Kinsey teve suas verbas cortadas e morreu logo em seguida, em 1956, aos 62 anos, sem testemunhar a revolução sexual da década seguinte, que ele indubitavelmente ajudou a impulsionar.
Na cola de seu trabalho, vieram a psicóloga Virginia Johnson e o ginecologista William Masters. Entre 1957 e 1965, o casal americano mediu a excitação sexual de 382 mulheres e 312 homens. O trabalho, que revelou os mecanismos da lubrificação vaginal e do orgasmo, resultou em descobertas então ruidosas e hoje plenamente aceitas, como a de que as mulheres podem ter múltiplos orgasmos.
É uma quimera imaginar que 100 miligramas diários de flibanserina possam resolver o mal-estar da civilização, as tais inadequações. Em um artigo publicado em 2010, a ensaísta americana Camille Paglia, crítica inteligente do feminismo sem sutilezas, estabelece os limites do medicamento, pondo homens e mulheres em seus respectivos papéis nessa história. Camille: "A vida familiar pôs os homens burgueses em uma situação difícil. Eles são simplesmente engrenagens de uma máquina doméstica dirigida pelas mulheres. As mães contemporâneas são virtuosas superadministradoras de uma complexa organização centrada no cuidado e no transporte das crianças. Mas não é tão fácil passar com um estalar de dedos do controle apolíneo ao êxtase dionisíaco". Para ela, sem meias palavras, as empresas químicas nunca vão encontrar o Santo Graal de um "viagra feminino", a drágea levada aos céus na semana passada. "As inibições são teimosamente interiores. E a luxúria é demasiadamente impetuosa para ser deixada nas mãos do farmacêutico", anotou. Ela tem razão.
Para um homem, o sexo é sempre mais simples. O que vai pela cabeça masculina, salvo exceções, tem apenas duas nuances. Para as mulheres, é tudo fascinantemente mais complexo, vai muito além dos cinquenta tons. Uma charge popular nos anos 90, até hoje reproduzida, mostra com didatismo as diferenças. No mundo masculino, há um único botão: liga/desliga. O feminino é um vasto e rico painel de controles dos mais variados tipos, incompreensível até que alguém acredite compreendê-lo.
Não há, enfim, um remédio milagroso capaz de pôr desejo feminino onde ele inexiste, como também não há um que apague o prazer na marra. Dificilmente haverá. Diz Carmita Abdo, psiquiatra e sexóloga da Universidade de São Paulo (USP): "O novo remédio pode ser útil para uma parcela das mulheres, mas com certeza não será uma só pílula que vai servir para melhorar o desejo de todas". Não há dúvida, no entanto, de que o feito extraordinário da autorização anunciada pela FDA, para além de seu uso prático, foi iluminar uma discussão que nos acompanha desde sempre e não terminará, porque nunca sabemos o lugar certo onde pôr o desejo. No pequeno e belo conto Ruído de Passos, de 1974, Clarice Lispector apresentou dona Cândida Raposo, uma senhora de 81 anos de idade com "vertigem de viver" que "fora linda na juventude". Como o "desejo de prazer não passava", ela procurou um ginecologista.
De Clarice:
"- Quando é que passa?
- Passa o quê, minha senhora?
- A coisa.
- Que coisa?
- A coisa, repetiu. O desejo de prazer, disse enfim.
- Minha senhora, lamento lhe dizer que não passa nunca.
Olhou-o espantada.
- Mas eu tenho oitenta e um anos de idade!
- Não importa, minha senhora. É até morrer.
- Mas isso é o inferno!
- É a vida, senhora Raposo."
Com reportagem de Carolina Melo
http://msalx.veja.abril.com.br/2015/08/24/1548/pe6Cx/mulher-boca-comprimido-trunk-662-original.jpeg?1440442085

Lugares públicos

Como fazer sexo oral no carro





Você gostaria de sair da rotina e inovar em seus encontros sexuais? São muitos os casais que desejam experimentar novas sensações e desfrutar de um encontro fora dos lugares convencionais, e os lugares públicos convertem-se em uma excelente alternativa. A atração pelo proibido, unida à paixão e à excitação do momento, fazem com que o sexo praticamente exposto seja uma grande fantasia erótica e algo cada vez mais recorrente. Não perca o seguinte artigo de umComo em que mostramos alguns dos lugares públicos para ter sexo mais populares.

Carro. Sem dúvida, fazer sexo no carro é uma opção recorrente e perfeita para resolver essas loucuras de paixão espontâneas. Desfrutem da experiência ao máximo, estacionando o carro em um lugar completamente isolado, procurem o banco mais cômodo e descubra as melhores posições sexuais que podem pôr em prática, visitando este artigo para que o momento seja o mais excitante e prazeroso possível. Não se esqueçam de deixar as janelas um pouco abertas se querem evitar que os vidros fiquem embaçados por completo.
Praia. O som do mar, o vaivém das ondas, a areia, a pouca roupa, todos são componentes que fazem da praia um lugar público irresistível para soltar a paixão e o erotismo. Se tiver organizado um dia na praia com seu parceiro e deseja desfrutar de um encontro íntimo sem complicações, o melhor é ir a alguma praia solitária onde nada possa perturbá-los e estragar o momento. Para assegurar o prazer de ambos e não deixar tudo ao acaso, não deixe de consultar os conselhos do artigo Como ter sexo na praia.
Ao ar livre. Seja em um parque, no campo ou no bosque, a ideia de fazer sexo em plena rua e em lugares públicos comprometidos é uma fantasia erótica para muitos. Vocês só precisam assegurar que o lugar esteja suficientemente separado das pessoas para evitar protagonizar momentos comprometedores e que o encontro seja interrompido por qualquer distração. Não se esqueçam de levar um lençol ou manta velha onde possam se acomodar e desfrutar da intimidade em plena natureza.

Banheiros públicos. Estes são lugares muito tentadores para um sexo rápido carregado de adrenalina e paixão. Os banheiros de restaurantes, bares, cinemas, discotecas ou shoppings são os preferidos por alguns casais para desinibir, descobrir novas sensações juntos e chegar até limites máximos de prazer, sentindo-se excitados ao mesmo tempo pela possibilidade de serem descobertos. Neste tipo de lugar público é importante ter o máximo cuidado, sobretudo quanto à higiene, pois como sabemos não se tratam de locais que se mantenham precisamente muito limpos. Não perca as recomendações do artigo Como fazer sexo em um banheiro público.

Cabine de foto automática. Se vocês são fascinados por fotografias juntos e desejam imortalizar os momentos românticos com uma câmera, nada mais divertido do que ter momentos de excitação e prazer nas clássicas cabines de fotografias instantâneas.

http://relacoes.umcomo.com.br/articulo/lugares-publicos-para-ter-sexo-15088.html

Sexo selvagem

Quando o assunto é sexo selvagem a primeira coisa que precisamos ter em mente é que será preciso deixar de lado toda vergonha de ousar na hora de sexo. O sexo selvagem exige ousadia e coragem de experimentar o novo, por isso se o que você quer é saber como fazer sexo selvagem se prepare para novas experiências.
Mordidas.A primeira dica para quem deseja praticar um bom sexo selvagem é aproveitar de todo poder que você tem nos dentes. Usar os dentes é uma excelente maneira de excitar o prazer principalmente se você ousar por partes erógenas como o pescoço, barriga, seios e partes internas das coxas, mais nada de mordidinhas leves, como o próprio nome já diz o sexo é "selvagem".

Quem não gosta de uma boa pegada no cabelo na hora do sexo? Se é pra melhorar e tornar o ato em um sexo selvagem então aproveite para fazer isso com muito mais vontade. Juntar os cabelos do parceiro entre os dedos pegando pela parte de trás na nuca dará ao seu parceiro uma dor temperada com prazer!
O que torna o sexo selvagem mais atrativo é o poder que ele possui de contagiar o seu parceiro na cama.
Ações como arranhões nas costas do parceiro, o desejo intensificado e o uso de movimentos mais agressivos torna o sexo selvagem uma experiência mais intensa e apreciada por quem o pratica.

Outra dica válida é inovar nas posições sexuais e ainda na intensidade dos movimentos, pois o sexo selvagem é basicamente o ato de praticar o sexo deixando sobressair o seu lado mais selvagem.
Não tenha medo de soltar a voz durante o sexo selvagem, gritos e gemidos tornam o momento ainda mais quente, fazendo com que seu parceiro seja ainda mais estimulado ao perceber que você está tendo prazer ao ponto de soltar a voz.



  • Você pode também optar pelo uso de acessórios eróticos que podem ser encontrados em lojas de SexShop, se o casal possui intimidade para esse tipo de uso vale investir em chicotes, máscaras e alguns outros apetrechos para apimentar um pouco mais o seu sexo selvagem.
  • Deixe um pouco o conforto da sua cama e tente praticar um sexo diferente pelos vários cômodos da casa, você pode passar pela cozinha, sala, copa, pelo chão da casa e aonde mais a sua imaginação permitir.
    Um pouco de submissão por parte de um dos dois ajuda a deixar o sexo ainda mais selvagem, realizar aqueles desejos e fantasias sexuais também é uma boa opção na hora de investir no bom e prazeroso sexo selvagem.




  • Beijo ....



    O Beijo é um ato sexual velado. Línguas se tocando é mais íntimo do que corpos nus. Precisa de entrega para beijar. Não falo dessa loucura contemporânea de bocas sem procedência se cruzando noite afora. Falo da troca sensível, do início de tudo, das centenas de músculos se mexendo e provocando diversos órgãos do corpo humano.
    O beijo envolve mais do que bocas. Mistura salivas e histórias. O beijo transforma dois em um, cria uma passagem para a dimensão do incontrolável. Pensamentos vagueiam, olhos se fecham para enxergar melhor e o instinto age sozinho.
    Primeiro beijo ou beijo de despedida? Fácil responder qual o melhor, porém difícil falar qual o mais intenso. Complicado mesmo é o beijo do dia a dia. Beijar só na hora do sexo é prostituir a própria parceira. 
    Beijo não se pede, ele é evocado. Carrega nosso corpo ao corpo do outro. O beijo tem vida própria e, ironicamente, a partir dele, perdemos o controle da nossa.
    O beijo é o suspiro do romance, o atestado de envolvimento, a marca do amor. Beijo pode acalmar e pode enlouquecer. Beijo nunca vem sozinho. Nas línguas, estão presentes os idiomas do coração e do desejo !!!

    domingo, 23 de agosto de 2015

    Seu lobo ...




    Divirta-se enquanto seu lobo não vem.
    Martha Medeiros

    Pedidos Urgentes - Hélia Barbosa



    Vem, desperte os meus desejos mais ardentes.
    E satisfaça os meus pedidos, tão urgentes!
    Hélia Barbosa

    Desejo sexual: a vontade não está só no corpo - Isabel Pereira




    Sexo: Algo carnal; expressão máxima do instinto corporal.
    Sexo: Confirmação de uma ligação emocional entre indivíduos.
    Algures entre uma visão mais fria ou mais romântica, há um conjunto de variáveis biológicas, psicológicas e socioculturais que determinam o desejo sexual.
    Ele pode ser mais ou menos frequente, mais ou menos intenso. Cada pessoa tem o seu perfil de desejo sexual, e quando este causa incómodo ou insatisfação estamos perante um problema. “A maior parte das vezes, não há uma disfunção mas sim uma dificuldade, uma diminuição de desejo por alguma circunstância da vida.”, esclarece Ana Alexandra Carvalheira, presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.
    A disfunção do desejo mais comum é desejo sexual hipoactivo – a diminuição ou ausência total de desejo, motivação e interesse sexual. “Aparecem-nos casais jovens (com 30/35 anos) com pouca atividade sexual porque realmente, hoje em dia, o nosso dia a dia é anti-erótico”, destaca, ao Ciência 2.0, Francisco Allen Gomes, especialista em Psiquiatria com um vasto trabalho na área da Sexologia Clínica.
    De facto, o desejo sexual humano não é uma simples pulsão fisiológica, como a fome ou a sede ou como funciona nos animais. Para além das questões biológicas, a vertente psicológica e a sociocultural completam o triângulo de determinantes da vontade de ter sexo.
    O que o corpo determina
    Começando por um dos vértices, refira-se que a parte biológica do desejo é muito complexa e está ainda por esclarecer totalmente. Sabe-se que “para haver uma excitação sexual, tem de haver uma parte cerebral que faça uma apreciação do estímulo e considere se esse é ou não um estímulo positivo, depois é ativada uma área motivacional, há uma resposta endócrina [hormonal] [ver glossário], uma resposta do sistema nervoso autónomo [ver glossário], e, finalmente uma resposta emocional”. 
    Durante este processo “são ativadas no cérebro áreas favoráveis ao desejo (na zona hipotalâmica [ver glossário]) assim como suprimidas outras áreas que habitualmente inibem o desejo (áreas mais ligadas, por exemplo ao córtex cerebral [ver glossário])”.
    Quando falamos em hormonas envolvidas na ativação do desejo, há que destacar a testosterona, fundamental tanto em homens como em mulheres. E, nas mulheres, também o estrogénio, que atua ao nível da atração sexual e recetividade. Do ponto de vista neuronal, a transmissão dos estímulos nervosos relacionados com o desejo depende dos chamados neurotransmissores. Nomeadamente dos mecanismos de dopamina, que exerce um efeito estimulante nos centros sexuais do cérebro, e serotonina, que exerce um efeito contrário, ou seja, inibidor.
    Dando ainda atenção ao corpo, refira-se que o nível de desejo pode então ser alterado, por exemplo, pela toma de determinados medicamentos. Alguns antidepressivos são um exemplo de substância que influencia negativamente a dinâmica dos mecanismos da serotonina e da dopamina podendo levar a uma diminuição da vontade sexual. Da mesma forma, também a própria depressão é responsável por uma diminuição do desejo a nível central.
    Outros medicamentos ou problemas de saúde (diabetes, hipertensão, excesso de gorduras no sangue,entre outros) que afectem a irrigação sanguínea ou a condução nervosa podem também ser motivo de uma diminuição de desejo. No homem diminuem a resposta eretiva e na mulher afetam a circulação à volta da vagina e por isso a capacidade desta responder aos estímulos.
    “A perspetiva biológica é sempre reducionista”
    “Se a pessoa está inserida numa sociedade que não permite a expressão sexual, o seu cérebro vai ser mais sensível a mecanismos de inibição do que a mecanismo de excitação”, esclarece Francisco Allen Gomes. A forma como cada indivíduo foi educado e socializado para a sua sexualidade vai ser uma forte influência.
    Completando o triângulo que metaforicamente construímos para explicar os determinantes do desejo sexual, atentemos nas questões psicológicas e emocionais. Estados de stress, ansiedade, tristeza ou cansaço influenciam negativamente a predisposição sexual.
    No caso da existência de uma relação entre os parceiros sexuais, e desta ser já de uma longa duração, é normal que o casal passe uma “deserotização”. “É fundamental não perder o erotismo, a surpresa, a criatividade”, destaca Ana Carvalheira.
    Ainda do ponto de vista psicológico, é importante que “a pessoa se sinta bem com o seu corpo”. A presidente da Sociedade Portuguesa de Sexualidade Clínica revela que este problema afeta principalmente as mulheres. Muitas “vivem completamente desligadas do corpo” e têm dificuldade para o prazer em geral com as sensações físicas. “Não interpretam os sinais do seu corpo. Muitas das vezes têm uma resposta física de excitação sexual mas não há correspondência a nível subjetivo”, explica.
    De facto, as mulheres necessitam de uma grande harmonia entre os três vértices (biológico, psicológico e sociocultural), para terem vontade sexual, mas a dependência de todas as variáveis aqui descritas é comum aos dois sexos, e, por isso, também os homens sofrem de problemas de falta de desejo.
    Atualmente, vivemos um “período de transformações sociais na forma de encarar o sexo. Até há duas décadas a socialização sexual das mulheres era muito mais repressiva. Hoje em dia caminhamos para uma vivência mais livre do prazer nos dois sexos,” avança Ana Carvalheira. A especialista destaca ainda que quem tem problemas neste campo procura também mais ajuda médica, até porque “há mais informação disponível, e existem já várias consultas públicas de sexologia no país”.
    Glossário:
    Zona hipotalâmica (Hipotálamo) - Zona do cérebro, cujos núcleos regulam várias funções vegetativas, nomeadamente a temperatura do corpo, o sono, e diversos processos relacionados com o metabolismo.
    Sistema nervoso autónomo - Sistema nervoso que regula as funções e atividade involuntária e inconsciente de alguns órgãos internos.
    Resposta endócrina (do sistema endócrino) - Agente regulador de toda a atividade do organismo que atua através de mensageiros químicos libertados para o sangue como o sistema de glândulas endócrinas, que se baseia na secreção de hormonas.
    Córtex cerebral - Porção superficial do cérebro constituída por substância cinzenta. Distinguem-se seis camadas de neurónios sobrepostos que definem diferentes áreas especializadas em funções muito específicas.
    http://www.ciencia20.up.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=146