segunda-feira, 31 de março de 2014

Corpos...

O corpo pede ..


O gozo traduz o verdadeiro sentir !

Os olhos falam o que a boca teima em não dizer e o que as mãos se negam pedir...
Os corpos pedem o que o coração tenta sublimar e a razão tenta esquecer...
A pele se arrepia com o que o pensamento insiste em negar...

Estado de necessidade...


Urgência ...Emergência..Estado de necessidade..desespero ..


... de vc...do seu corpo ...do seu gosto ...do seu gozo ...de todo seu ser junto de mim ..dentro de mim ..para sempre ..como sempre foi e será ..a eternidade do que foi cúmplice e nunca deixa de ser...

sábado, 29 de março de 2014

Dicionário de Fetiches e Bdsm - Agni Shakti

Esta obra é um guia para esclarecimento de iniciantes, apreciadores, simpatizantes e até mesmo veteranos do BDSM (Bondage, Domination, Sadism, Masochism) -- um conjunto de comportamentos e necessidades sexuais entre parceiros adultos, normalmente conhecidos como sadomasoquismo ou SM.

Entre seus adeptos estão pessoas de todas as opções - heterossexuais, bissexuais, trans ou intersexuadas. O fetiche é o recurso que leva à realização das aspirações sadomasoquistas. Nem todo fetiche é SM, mas é dificil as dissociar um SM do fetichismo. E existem vários tipos de fetiche. Um universo de deleite sexual que varia de pessoa para pessoa. Eles estão agora reunidos e explicados neste livro. Para quem aprecia ou para quem simplesmente tem curiosidade de saber como as outras pessoas gostam de ter prazer.





O sexo e a Psique



Estamos vivendo hoje um tipo de revolução sexual. O mundo está concedendo espaço para o diferente, aquilo que antes era considerado anormal. Está cada vez mais comum a disseminação do fetichismo - assunto que antes era visto com olhos rigorosos e, provavelmente, há alguns anos seria o intocável dos tabus. 


    Hoje, porém, especialmente com o sucesso de livros como 50 tons de cinza, este é um assunto que interessa muitos jovens curiosos por aí. 
    O livro "O Sexo e a Psique", escrito pelo psicanalista britânico Brett Kahr consegue ir mais além. Trata-se de uma pesquisa sobre fantasias sexuais feita com 19.000 ingleses através da internet ou pessoalmente em seu escritório. A obra é parte de um estudo sobre por que temos fantasias sexuais e de onde elas vieram, em uma visão psicanalista. No mínimo interessante, a pesquisa revela que todo mundo - ou quase - tem alguma fantasia escondida nos baús de nossas mentes criativas. De sexo comum e romântico aos mais diversos cenários apocalípticos, os relatos são pra fetichista nenhum botar defeito.
    Em um trecho do livro, Kahr ressalta: "Existem dois tipos de fantasias: aquelas mais festivas, que revelamos com orgulho aos amigos de bar, e outras, que vêm das profundezas de nossa mente, que muitas vezes não revelamos nem aos companheiros ou muito menos a estes". 
    Com um envolvente tema para a pesquisa, o psicanalista revela no levantamento de dados que aproximadamente 90% das pessoas traem em suas fantasias. Ou seja, ao transar com um, imaginam estar na cama com outro. Ou outros.
    Brett Kahr mostra que uma grande parcela da população prefere a fantasia ao ato sexual. Não é a toa que este é um assunto que mais cresce em termos de tabus. Vale a pena dar uma conferida no livro, apesar das suas 685 páginas. Posso afirmar que a leitura será deliciosa!

Furry


A expressão Furry ("peludo" em inglês) é comumente usada para se referir a diferentes conceitos, geralmente relacionados a animais antropomórficos. Existe muita discussão sobre o "verdadeiro" significado, porém, olhando a situação como um todo, se torna claro que existe mais de um significado "correto".

As pessoas auto-intituladas Furries normalmente são pessoas que participam de uma cultura focada na natureza e amantes de personagens imaginários onde seres das mais variadas raças, mitológicas ou não tomam vida e agem em uma sociedade paralela à humana, porém nem todos os Furries batem 100% com essa descrição.

Existem vários tipos de Furries, tal como aqueles que cultuam valores que remetem ao druidismo e reverência ao espírito da natureza, Cartoon Furries que podem ser considerados fãs dedesenhos animados, até aos antropomorfos e theriantropos cuja sociedade é semelhante à sociedade humana nos vários períodos da história, lembrando muitas vezes, a era vitoriana: só com a diferença de que os avatares ou Fursonas são humanos com características animais, tais como patas, caudas, cabeça (semelhante aos seres mitológicos de todas as sociedades como o Anúbis na cultura egípcia, Minotauro da Grécia antiga, as Kitsunes na cultura japonesa, a SereiaCapelobo ou Ipupiara). A sociedade Furry também participa e organiza convenções, em vezes, com a participação de editoras de desenhos em quadrinhos.

A cultura Furry está presente também em jogos de vídeo game e computador tais como Inherit The EarthStar FoxFinal FantasyBloody Roar, entre outros. Personagens assim existem desde que a humanidade imaginou Deuses que são humanos e criaturas da natureza ao mesmo tempo, hoje sendo usados principalmente em tiras cômicas nos jornais e desenhos animados. Um dos fatores que facilitaram a expansão desta comunidade foram programas de conversa eletrônica como chats, Mucks e grupos de discussão na Usenet tal como o Alt.Fan.Furry e o FurryMUCK.

História

Norte Americana

Acredita-se que a fandom originou em uma convenção de ficção científica em 1980 quando um desenho de Steve Gallacci Albedo Anthropomorphics iniciou uma discussão sobre revistas em quadrinhos presentes em convenções de ficção científica.
Porém muitos outros fans consideram o início do fandom a mesma época em que iniciaram a ser publicadas revistas com personagens animais, livros e desenhos animados, tais como A Longa Jornada de Richard Adams, inicialmente publicada em 1972 (e sua adaptação em desenho animado em 1978) assim como Robin Hood, da Disney lançado em 1973.
Na época de 1980 a quantidade de revistas publicadas por autores comuns começaram a se multiplicar, então chamados fanzines, seus autores começavam a reunir-se em encontros sociais até que, em 1987, existia uma quantidade razoável de fans dispostos a criar o primeiro encontro oficial.
Com o advento da Internet, a quantidade de fans aumentou, e surgem assim os servidores de chats, ambientes virtuais como os MUD e MUCKS e rápidamente transformaram-se em lugares populares de encontro. O mais conhecido até hoje, inclusive o maior é o FurryMUCK, surgem também comunidades no jogo conhecido como Furcadia e atualmente também no SecondLife.

No Brasil

Não se sabe ao certo quando o Furry Fandom iniciou no Brasil, com a introdução da Internet e principalmente dos mecanismos de buscas, os fãs que conheciam o Furry internacional começaram a identificar pessoas com a mesma afinidade no Brasil. A quantidade de membros do Fandom nacional é muito pequeno comparado com o público norte americano e pelo Brasil ser um território muito grande, seus membros reúnem-se principalmente através de Fóruns e mecanismos de conversa instantânea.
O primeiro Fórum foi criado no ano de 2000 e chamado de FurryBrasil e existe até hoje.
O primeiro Fanzine Furry nacional foi o Fauna Urbana, hoje mantido como um portal com informações sobre o fandom no Brasil.
Em 2008 foi criado o primeiro evento Furry no Brasil, conhecido como Abando, onde seus participantes acampam por 4 dias. O evento ocorre nos 4 dias de carnaval, anualmente.
Existe uma comunidade Mantida por Furries brasileiros no Second Life Denominada B.F.I. Brazil Furry Island. Sendo a primeira no idioma Português.

Em Portugal

Em Portugal, apenas são conhecidos 40 indivíduos pertencentes a esta "comunidade". Não se conhece algum tipo de local específico onde se possa conhecer este tipo de fantasia. Curiosamente, são mais frequentes nos meios mais pequenos, do que nas grandes cidades.
Albano de Jesus Beirão, português, foi o célebre Homem-Macaco. Nasceu em 1884 e, morreu em 1976. Entre 1891 e 1932 (dos 7 aos 48 anos) sofria de estranhos ataques que, o desfiguravam e, o faziam claramente lembrar animais irracionais. Embora nessa altura ainda não se conhecessem os Furries, Albano pode ser um pouco associado a este tipo de status.

Na mídia

Desde 2000 a mídia Brasileira expressou interesse na comunidade Furry nacional, e por causa disso, temos algumas publicações oficiais com conteúdo de interesse furry.
São estes:
Janeiro de 2008 - NeoTokyo - Com a onda dos animes, a revista resolveu comentar um pouco sobre os furries, já que personagens semelhantes ao freqüentemente encontrados nos arredores de encontros de animes. NeoTokyo
28 de agosto de 2009 - Revista Colors - Com foco especial em tribos jovens, a equipe de reportagem da Revista Colors fotografa e entrevista Ceruno e Kouta Colors Magazine

03 de janeiro de 2010 - Globo Fantástico - Após a publicação na revista Colors, a Rede Globo de Televisão se interessa em expor mais sobre a cultura Furry (focado em Fursuits) e o que fazem essas pessoas. Globo Fantástico

24 de Abril de 2010 - Caldeirão do Huck - Com muito humor a equipe de produção do Caldeirão do Huck resolve vestir os atores com fursuits para criar um ambiente mais lúdico em seu bloco "Lata Velha" Caldeirão do Huck

9 de maio de 2010 - Diário de Guarulhos - Com interesse em falar sobre os Furries na região da Capital de São Paulo, a equipe de jornalismo do Jornal Diário de Guarulhos procura a Fauna Urbana para aprender mais e publicar em seu caderno de Sábado. Diário de Guarulhos
e em Tabu América Latina - Nath Geo
Apesar de apresentar personagens Furries, a mídia expressa interesse maior nos Fursuiters, condição onde os Furries (pessoas comuns) vestem roupas que representam seu personagem (fursona). Porém vale lembrar que fursuiters compreendem a menor parte da cultura Furry, pois assim como os artistas gráficos que necessitam conhecer desenho e arte, montar um fursuit requer muito conhecimento nas áreas de artes plásticas, cênicas e principalmente força de vontade, pois o custo de material também é elevado e o acesso aos materiais é restrito às grandes metrópoles.

Algumas definições populares

Ser zooantropomórfico

Um ser com características de humanos e animais, tanto físicas (formas do corpo, habilidades de movimento, sentidos, etc.), quanto mentais (traços de personalidade, hábitos, instintos, preferências, etc.).

Pessoa com afinidade com artes antropomórficas

Muitas pessoas que se interessam por arte antropomórfica se auto intitulam "Furries". Isso abrange tanto as pessoas que se interessam por arte yiff [com conteúdo adulto] quanto as pessoas que preferem arte permitida à todas as idades. Esse é o tipo de Fandom mais abrangente atualmente, presente nos EUA, Canadá, grande parte da Europa e América do Sul. Ao contrário do que a maioria das críticas a esse tipo de cultura alega, o Furry Fandom não se baseia apenas no "yiff", apesar do mesmo fazer parte do Fandom.

Pessoa que se identifica com um ser zooantropomórfico

Alguém que acredita ser na verdade um ser zooantropomórfico, seja numa base puramente espiritual ou acreditando ser fisicamente preso num corpo humano. O termo usado para se referir a esse "alter-ego" Furry é Fursona (porém nem todas as Fursonas são consideradas como uma realidade, alguns Furries apenas consideram suas Fursonas como um avatar nas suas interações). Algumas pessoas se referem a essas pessoas como Furries verdadeiros ou Furries na vida real. Essa categorização muitas vezes sobrepõe à Teriantropia, porém nem todos os Terians se consideram Furries. Isto tudo pode ser considerado um tipo de Licantropia.

O Amante ... autora Priscila Garcia Bezerra


  


Ele me olha nos olhos, me da um leve sorriso e me diz " Oi ", e eu desvio o olhar, nunca consigo encará - lo por muito tempo .... Sempre acho que alguém vai notar o que está acontecendo entre a gente ... Então eu respondo seu cumprimento de maneira rápida e polida.                                      
 Algumas horas depois estamos a sós em um quarto de motel. Ele me beija de um jeito que eu não consigo explicar .... Suas mãos percorrem meu corpo freneticamente, sinto sua excitação !!! Não consigo evitar me entrego a esse prazer proibido ! Nesse momento somos um só, nossos corpos se encaixam perfeitamente ... Desejo que esse momento nunca acabe.                              
 Ainda com a respiração ofegante e o suor escorrendo em minhas têmporas tento me controlar, meu corpo está sensível a seu toque ... Mesmo assim anseio por mais !!! Sabendo que falta pouco pra voltarmos para a realidade do mundo lá fora, cada um com seu cônjuge me bate um vazio que só ele pode preencher.                                                                                                        
 Ao sair do motel nós despedimos rapidamente, combinamos discretamente um novo encontro ... Já no meu carro estou ansiosa para que chegue logo o dia do nosso tão sonhado encontro, para que eu possa novamente me encontrar com o meu AMANTE ...   

sexta-feira, 14 de março de 2014

Fantasia Sexual de Sexo no Carro




Ter relações sexuais no carro pode ser uma fantasia sexual muito divertida e excitante (uma maneira impressionante de apimentar a sua vida sexual), mas ficar confortável e sair bem depois (sem nenhuma dor) pode exigir um pouco de vocês.
Aqui estão algumas sugestões para vocês melhorarem as formas de se fazer essa deliciosa fantasia sexual.

Oral

Se você nunca fez sexo no carro, pode começar por essa experiência que, tenha certeza, será muito agradável. Você já experimentou fazer um boquete em seu parceiro enquanto ele dirige? É uma ótima maneira, ousada e sexy, de transformar uma viagem chata e monótona em uma viagem interessante.
A segurança é a chave para esta fantasia sexual, pois seu parceiro está dirigindo e, obviamente, não pode perder o controle da direção. Para tal, vocês devem prestar atenção no melhor momento para isso. Procurem fazer isso em uma estrada deserta, e de preferência sem curvas.
Quando ele estiver prestes a ter um orgasmo, encostem ou pare o carro, de alguma forma – especialmente se ele sente que está perdendo o controle. Vocês também precisam ter certeza que a estrada é lisa, sem depressões, saliências ou buracos (e o motivo para isso você já deve estar imaginando).

O Capô

Quando o clima é ameno, o capô do carro pode servir como uma grande plataforma para o sexo. Claro, o melhor é que vocês estejam em uma área deserta ou uma garagem privada, para que vocês não sejam pegos por ninguém.
Você pode se abaixar para chupá-lo, ou pode deitar no capô para o ato sexual em si. O capô também é um ótimo lugar para tentar a posição cachorrinho, com você se inclinando e ele chegando por trás.

Banco Traseiro

O banco traseiro do carro, é claro, é o lugar mais popular para realizar essa fantasia sexual. Nele vocês podem fazer as mais variadas posições: Papai e mamãe, cachorrinho, sentados e até, um 69.
Vocês podem sempre usar os bancos da frente para se apoiar enquanto se divertem no banco de trás.

O Banco Da Frente

O banco do motorista não irá funcionar para fazer sexo (a não ser, é claro, no caso do sexo oral), mas o banco do carona pode permitir que vocês consigam posições sexuais bem divertidas.
Se você quer fazer sexo oral no banco da frente, incline o banco todo para trás, tanto quanto for possível, e peça ao seu parceiro para se deitar. Após isso, monte em cima dele e vá subindo até que a boca dele esteja nos seus órgãos genitais.
Você também pode se deitar, de barriga para baixo, e ele deitar em cima de você, para um sexo por trás.

Segurança Para o Sexo no Carro

A segurança é, evidentemente, o fator mais importante quando se trata de fazer sexo no carro. Se vocês estiverem estacionado em uma área isolada, é bem seguro.
Vocês também devem evitar fazer sexo em carros que estejam em movimento. Sim, pode estar parecendo um exagero para algumas de vocês, mas ainda estão longe de acabar os dias em que, depois de uma festa na balada, com amigos, um casal resolve fazer sexo – principalmente depois de beber – dentro de um carro quando os bancos traseiros estão sendo ocupados apenas por esse casal (geralmente na posição em que ele fica sentado e ela fica por cima).
Fazer esse tipo de coisa pode tirar totalmente a atenção de quem está dirigindo, além de tampar a visão que ele teria da estrada atrás dele.
Enfim. Basta lembrar que quando você está se divertindo, e até realizando alguma fantasia sexual, é importante estar segura também!

Balanço erótico

Imagine-se fazendo amor, tirando os pés do chão e sem causar dores ou desconforto ao parceiro (a). Este novo aliado chegou com diversas opções de uso e para todos os gostos e cenários. O importante agora é sentir-se à vontade, deixar a fantasia rolar.

As pessoas gostam de inovar, de fazer coisas diferentes não necessariamente na cama, e atualmente (e felizmente) existe uma infinidade de propostas para tornar cada relação sexual mais e mais prazerosa. Os balanços eróticos são uma versão evoluída das cadeiras eróticas. São produtos de forma simples que permitem ousar e abusar na hora do sexo. Alguns se parecem com um estilingue, outros como o de porta e o de corpo são super portáteis e existem modelos que não precisam sequer de perfuração no teto, pois já vem com um suporte! 


Balanço Erótico com suporte
Os modelos mais tradicionais (encontrados em Motéis) exigem uma perfuração no teto ou na parede, o que vem com suporte pode exigir um pouco mais de espaço em sua casa, o de porta vai encaixado (o que permite guarda-lo depois da brincadeira mantendo sua privacidade) e o de corpo que usa o próprio parceiro como um suporte do balanço. Mais portátil que isso impossível! Existe também o balanço da fantasia moderna que usa uma argola no teto, mas esse tem capacidade para até 180 kg o que permite duas (ou mais pessoas) na brincadeira.


Balanço Erótico de corpo
Alguns o assimilam a um brinquedo sadomasoquista, mas na verdade o balanço pode ter a utilidade que for mais conveniente ao casal já que os estilos, formatos e até materiais mudam de acordo com o modelo escolhido, podendo ser confeccionados em nylon, lona pesada, couro, neoprene, borracha pesada, madeira ou aço.

Divirta-se mudando as posições sexuais de forma livre, alguns balanços possuem encosto para as costas, coxas ou pernas e assento. As cintas podem ser posicionadas de forma independente. Você pode ajustá-las para suportá-lo tornando as posições mais confortáveis para você e seu amor. O estofamento mantém as cintas lisas protegendo a pele das bordas. Veja os vídeos abaixo e algumas sugestões e possibilidades de posições podendo ainda inventar a sua! 

Estranhos Prazeres


Acho oportuno mencionar algumas perversões sexuais para entendermos e visualizarmos algumas práticas sexuais. Não quero aprofundar-me nestes conceitos, mas os considero relevantes para entendermos a sexualidade e de como o ser humano se apropria da mesma, portanto, vou relacioná-los, explicando sucintamente cada prática.

Fist fuckingou (punhada)
Prática sexual de inserção da mão, pulso e algumas vezes parte do antebraço no ânus ou na vagina. Conforme Lins & Braga, 2005: 137:
  “Para que se acomode completamente, a mão precisa estar fechada. Danos à pele, aos nervos e aos músculos são possíveis, por isso os praticantes vêem o fisting como uma arte, e é mais seguro se aprendido com um expert. O uso de luvas de látex é medida de precaução para o sexo seguro. Apesar de assumidos como parte de um repertório sadomasoquista, pode haver uma divergência entre as necessidades e os interesses dos praticantes do fisting e do sadomasoquismo, já que o elemento agressivo de uma cena sadomasoquista pode ser incompatível com a concentração e o cuidado para o fisting”.
   Essa atividade é praticada tanto por heterossexuais como por gays. Numa cena do filme Calígula, é mostrado o imperador romano praticando-a num noivo, após o casamento.
   O fisting entre um casal, homem e mulher, seria prática democrática em que os parceiros sempre podem reverter os papéis (apesar de em alguns casos apenas um possa querer ser punhado), e há o argumento de que o ato possa ter um significado de poder atrelado a ele: atingir a alma do outro, preencher o corpo do amante, explorar e descobrir um espaço secreto. Por conta dessas conotações simbólicas e também do risco físico, o fisting geralmente origina laços de confiança particularmente intensa entre os parceiros.
Stonebutch
Lésbica que não permite que suas parceiras a toquem na relação sexual. Sobre isso, os autores escrevem:
  “As stone butchs são altruístas na atenção dada ao prazer de sua amante, mas impenetráveis ao toque sexual. Elas desafiam supostas formas comuns da prática sexual entre as lésbicas. Uma variável da homossexualidade feminina, a stone butch estaria localizada num espectro de masculinidade feminina. Elas seriam uma espécie de transgênero”. (ibidem)
Froterismo - oufrottage
Ato de obter prazer esfregando o corpo contra outro ou contra um objeto. Lins & Braga complementam:
  “Prática um tanto inconseqüente. No froterismo não-consensual uma pessoa se esfrega em outra na multidão ou em transportes coletivos lotados e age, ao ser abordada, como se tivesse sido um ato acidental. Entretanto, é incontestável a pressão óbvia do pênis ereto contra as nádegas da vítima”. (2005: 138)
Bondage
Prazer obtido pela imobilização de um dos parceiros. Originária do Oriente, essa prática pode envolver braços e pernas ou imobilização completa. São usadas cordas, tiras elásticas, couro, panos e até fitas adesivas.
Cottaging
Sexo homossexual anônimo praticado em locais públicos (public conveniences). Recorro novamente a Lins & Braga, 2005: 138:
  “Na Inglaterra, os banheiros públicos nos parques se assemelham a pequenas casas com o telhado inclinado, por isso o nome cottage (cabana). A maior parte do cottaging ocorre entre homens, embora haja casos de mulheres que utilizem a prática (o filme de John Waters, Desperate Living (1977), tem uma cena de cottage lésbico).
   O cottaging é ilegal em muitos países e pode resultar em processo criminal se ocorrer o flagrante. No Reino Unido, a lei da indecência nojenta (gross indecency), usada contra Oscar Wilde, em 1895, ainda está em uso. A polícia realiza prisões em massa de ho¬mens praticando cottage em praias e parques”.
   Um estudo sobre homens que praticaram o cottaging descobriu que 20% começaram entre as idades de 10 e 14 anos e 32%, entre 15 e 19 anos. A pesquisa também indica que 75% dos entrevistados visitavam regularmente grupos e lugares gays, criando um conflito com a idéia de que quem pratica cottage são indivíduos isolados e incapazes de lidar com a própria sexualidade.
   Um exemplo de processo criminal por cottagingfoi a prisão do cantor inglês George Michael, em 1998, em um banheiro em Los Angeles. Apesar da atenção da mídia, o fato não acabou com sua carreira, sugerindo que atitudes públicas relativas a cottaging estão se tornando mais tolerantes.
Pigmalionismo
Excitação com estátuas e manequins. Em um conto de Charles Bukowski, intitulado Amor por $17, 50, que está no livro “Ao sul de lugar nenhum”, o autor retrata de uma maneira divertida o amor de um homem casado por um manequim.
  “O termo se refere ao mito grego do escultor Pigmalião, que se apaixonou por uma de suas estátuas. A seu pedido, a deusa Afrodite deu vida à sua obra. Seu significado atual identifica pessoas que sentem atração sexual por estátuas e manequins. Há registros históricos de estátuas com falos, como o do deus Príapo (Grécia, Antigüidade), que as virgens utilizavam para a primeira penetração. Até meados do século XX havia registro de índias que perdiam a virgindade com falos sagrados”. (LINS & BRAGA: 2005, 139)
Coprofilia
  Excitação sexual produzida pelo cheiro, visão, gosto e contato com fezes. Refere-se a usar excremento no sexo. Isso pode incluir defecar no parceiro, mesmo que seja durante o intercurso anal, sujando ou brincando com as fezes, defecar na roupa, usando duchas ou enemas, evacuação manual ou comendo as fezes (coprofagia). A coprofilia é freqüentemente relacionada ao sadomasoquista. Nos grupos em que a cor do lenço é um código para denotar a preferência sexual da pessoa, as cores seriam bege ou marrom.
Urofilia
Excitação erótica causada por ações que envolvam a urina. Sobre esta prática sexual, os autores explicam:
  “Uma das razões do procedimento pode ser a prática de ato que era proibido na infância. A mãe vetava a manipulação do pênis, mas era possível fazê-lo quando urinavam. A combinação de rebeldia e poder se constitui num afrodisíaco para alguns. Os homens secretam androsterona na urina, um hormônio sexual que provoca atrações em algumas mulheres. Há casos de jovens que freqüentam banheiros masculinos em busca deste cheiro. Os urófilos urinam no corpo dos parceiros, na genitália, no rosto e na boca. A urina pode cumprir o papel de punição, recompensa ou humilhação, dependendo da expectativa de cada um”. (LINS & BRAGA, 2005: 139)
Prazeres Agressivos
Sadismo
  É o prazer ao infligir sofrimento a alguém sob a forma de dominação, dor física ou emocional. Qualquer semelhança com o Marquês de Sade não é mera coincidência. Personagem tão polêmico só poderia ter um termo só pra ele. Escritor que descreveu o sadismo em seus livros e na sua vida. “Os sádicos podem ser extrema¬mente perigosos, desviando-se para o homicídio com facilidade. Sentem prazer nas relações de suas vítimas, como gemidos, choro e movimentos desarticulados”. (Ibidem)
  Os sádicos podem manifestar desvios de conduta. Um caso muito conhecido, e, diga-se de passagem, impressionante, aconteceu no final do século XX. Armin Meiwes, de 42 anos, alemão, colocou um anúncio na Internet, convidando pessoas para serem assassinadas e canibalizadas por ele. Conseguiu candidato, o engenheiro Bernd-Jürgen Brandes, e, após torturar a vítima consentida, o esquartejou e comeu.
Masoquismo
  Prazer com o sofrimento e a dominação por outra pessoa.
   Ao contrário do sádico, o masoquista “encara o medo, a dor ou a humilhação e não só sobrevive a eles como atinge o orgasmo”. (Ibidem)
   A palavra se refere ao escritor Leopold von Sacher-Masoch (Áustria, século XIX), autor do romance “A Vênus das peles”, no qual descreve os desejos de dominação e dor do protagonista. O masoquismo exerce um papel no desenvolvimento da autoconfiança e da auto-estima. Como citamos anteriormente no capítulo, a perversão possui dois pólos, os que executam e os que se submetem.
Auto-asfixia erótica
Asfixia para aumentar o prazer no orgasmo. Conforme Lins & Braga, (2005: 140):
“A asfixia é resultado da compressão dos vasos sanguíneos que, diminuindo o oxigênio no cérebro, provoca uma sensação de tontura e início de desmaio. É extremamente perigosa; alguns segundos a mais e a pessoa fica inconsciente e pode morrer. [...]A motivação pode ser puramente a vontade físico- emocional de aumentar o prazer, mas alguns teóricos situam essa motivação psicológica na necessidade de ser punido, ou de suavizar a culpa de uma forma bem masoquista. Pessoas que sofrem de culpa excessiva durante a masturbação ou outras práticas sexuais, geralmente membros de famílias religiosamente conservadoras, são os principais candidatos ao sufocamento auto-erótico. Não se considera que os praticantes tenham tendências suicidas, mas uma preferência sexual que os predispõe ao perigo”.
Em 1791, o Marquês de Sade descreve num romance o caso de um homem que se enforca tentando experimentar o êxtase sexual, assim como no conto “Vísceras” de Chuck Palahniuk, em anexo ao final deste trabalho, descreve uma outra maneira de se obter prazer através do sufocamento, mas desta vez, segurando a respiração debaixo d´água. A asfixia sexual é considerada por alguns uma forma de masoquismo.
Barebacking (lombo nu)
   Sexo desprotegido entre gays.
  Ao fazer um trabalho sobre sexualidade, no qual entrevistei algumas prostitutas e garotos de programa, alguns revelaram a existência de grupos que se reúnem para esta prática, alegando que seria uma maneira de “superar a morte”. Vejamos sua definição:
  “Mais do que práticas sexuais desprotegidas ocasionais, barebacking é, na verda¬de, uma ideologia. É praticado por homens soropositivos, dispostos a fechar os olhos para as mutações do vírus HIV ou cansados de ser policiados pela Aids e por homens soronegativos, que negam o risco real de contaminação ou ignoram a inevitável capacidade de mutação dos vírus, e o não-conhecimento dos efeitos a longo prazo das drogas existentes.
Muitos homens jovens homossexuais são levados, por causa da falta de iniciativas governamentais, a crer que a Aids já não causa mais problema, desde a chegada, na década de 1990, da segunda geração de drogas anti-retrovirais.
A ideologia barebacking rejeita a "castração dos gays" por causa da Aids, fazendo propaganda da contaminação, como se a doença fosse uma transgressão estimulante, e a liberação gay, um estilo de vida meramente hedonista. Naturalizar o sexo desprotegido neutraliza a vergonha e transforma o risco de contaminação em uma escolha de vida aparentemente aceitável do ponto de vista ético”. (ibidem)
Zoofilia
    Sexo entre humanos e animais.
   Alguns filmes pornográficos demonstram este tipo de prática sexual. Em algumas culturas e sociedades são comuns, por exemplo entre os meninos, como passagens da adolescência para a idade adulta. Animais que intensificam a satisfação sexual, como formigas que eram provocadas a ponto de ferroarem o clitóris, animais como gato e cachorro que são treinados para o sexo oral com mulheres são alguns exemplos. Os autores acrescentam e nos explicam:
  “O interesse sexual por animais se apresenta de três formas diferentes: a) o prazer é obtido só com a visão deles fazendo sexo; b) a pessoa se excita e tem prazer com carícias dos animais; e c) o que se chama de bestialidade, ou seja, a cópula com animais. Essa maneira é mais comum para os homens do que para as mulheres. Oito por cento deles declararam, no relatório Kinsey de 1948, ter tido essa experiência. As mulheres preferem só assistir aos animais copulando, coisa que era bem-vista na aristocracia francesa e inglesa do século XVI. Os dados não devem ser muito precisos, porque pouca gente tem coragem de contar sobre o que é tão repudiado socialmente”. (LINS & BRAGA, 2005: 142)
Rainbow kissing
Menstruação, sêmen e beijo.
Após o homem ejacular dentro da vagina de uma mulher menstruada, ele chupa o sêmen e o sangue menstrual e beija a mulher, passando os fluidos para sua boca. É uma variação do rainbow showers, em que uma mulher menstruada urina sobre seu parceiro sexual.
Prazeres Criminosos
Pedofilia
  Atos sexuais com a participação de crianças ou pré-púberes. Para discutir assunto tão complexo e que muito normalmente nos intriga e ao mesmo tempo asco, não pretendo aprofundar-me nas questões estruturantes da personalidade ou da psique de indivíduos que possuem tais desejos. Lembro os leitores que o meu intuito é apresentar as inúmeras formas e maneiras que podem caracterizar em perversões sexuais, o que estou convencido de que possuem como alicerces a “Perversão” como estrutura psíquica, mas admito que esta discussão merece ser aprofundada, o que farei em outro momento. Sobre a pedofilia, novamente recorro à Lins & Braga, inclusive com dados históricos:
  “A pedofilia se define como distúrbio mental e geralmente se refere à predisposição do adulto em procurar parceiros sexuais pré-púberes - menores de 13 anos. As vítimas, em alguns casos, são bebês de poucos dias ou meses. Devido à disparidade das leis de idade consensual, em algumas jurisdições adultos podem ser processados por estupro de menor, mesmo quando sexualmente envolvidos com pessoas de 16 ou 17 anos”. (2005: 143)
  Historicamente, a maioria das sociedades não fez uma divisão tão definida entre a sexualidade adulta e a inocência infantil como se faz hoje. No passado, não era incomum que as babás masturbassem as crianças para fazê-Ias parar de chorar. Como viviam em cubículos e compartilhavam camas, as crianças não eram separadas dos hábitos sexuais adultos e eram consideradas prontas para o casamento e a reprodução assim que atingiam a puberdade (devido à nutrição deficitária, a puberdade tendia a ser mais tardia do que o comum nas sociedades modernas).
Após o período vitoriano (século XIX), quando a infância e a adolescência passaram a ser entendidas como distintas da idade adulta, foi desenvolvida a noção de proteção da inocência das crianças, particularmente a das meninas. Entretanto, a construção da inocência das meninas caminhou lado a lado com o aumento da fetichização e da exploração. A prostituição infantil e o abuso sexual são questões próprias do mundo moderno, junto com o aumento do turismo sexual nos países em desenvolvimento. Também a Internet está tendo um papel importante na produção e disseminação da pornografia infantil.
   A pedofilia é pautada na imposição de alguém mais forte a alguém mais fraco. A fácil manipulação e o controle total de uma situação. As crianças muitas vezes, iludidas por doces, brinquedos são fáceis presas para estes indivíduos. São agredidas e ameaçadas a não contarem o abuso. Com medo e sem ao menos saberem direito a quem recorrerem, ficam a mercê dos adultos.
Estupro
Ato sexual sob coação de um dos parceiros.
Também é considerado estupro sexo com menores, mesmo que consensual. O estupro é o crime sexual mais praticado em todas as épocas, com criminosos de todas as classes sociais. Na Antiguidade, muitas vezes quando uma terra era invadida, seus dominantes estupravam as mulheres e matavam as crianças. É difícil definir exatamente quando ocorre um estupro e suas vítimas não conseguem provar tal crime, violência que muitas vezes acontece na própria família.
Necrofilia
Atração sexual por cadáveres, Tratando-se de uma parafilia rara. Conforme os autores, “durante as guerras são mais comuns” e exemplificam que “os soldados vencedores praticavam, na campanha marroquina, de 1919, sexo anal com cadáveres recentes e moribundos para aproveitar os espasmos que ocorrem durante a morte”. (Ibidem)
Filme snuff
  Imagens cinematográficas envolvendo sexo, tortura e assassinato. O filme protagonizado por Nicolas Cage, “Oito milímetros” retrata o assassinato de um homem idoso, muito rico que guardava alguns filmes misteriosos, descobertos pela esposa e que contratou um detetive para investigar o crime. Nas películas, cenas bizarras de violência a homens e mulheres, estupro e assassinato. Vamos nos apropriar mais uma vez do texto de Lins & Braga, 2005: 145:
  “Audiovisual, muitas vezes pornográfico, no qual se mostra um suposto ou real assassinato. Sua produção visa ao entretenimento. A existência comprovada de snuffs é uma controvérsia. Há suposições de que seja uma lenda com o objetivo de provocar pânico no grande público. Um funcionário de uma produtora de vídeos pornográficos, na Inglaterra, relatou sobre um filme snuffnorte-americano e sobre vários outros passados na Alemanha, nos anos 1970. A maioria retratava estrangulamentos e por isso não era possível afirmar sua autenticidade. É claro que toda essa polêmica aumenta o valor dos supostos snuffs.
   Em Lichamentos do Ed, que registra assassinatos da família Manson, uma mulher acorrentada é lentamente torturada e assassinada. O FEl deu crédito ao filme como verdadeiro. O filme Cannibal Holocaust, de Ruggero Deodato, exibe mortes de animais (tartarugas, porcos) e pelo menos um homicídio. A justiça italiana o obrigou a apresentar o ator vivo, e ele se apresentou. Os animais realmente foram mortos. Em Boston, Es tados Unidos, foram noticiadas vendas de cópias de filmes snuffs. Na Europa, a polícia investiga a venda de filmes que mostram assassinatos de crianças na Rússia.    Os compradores desses filmes talvez se excitem com as cenas exibidas, por fazerem parte de suas fantasias. Para alguns a sensação de poder é alimentada, e eles guardam fotos e vídeos”.
Referência Bibliográfica:
- LINS, R. N. & BRAGA, F. O livro de ouro do sexo, Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.

Breno Rosostolato

Crime e Fantasia: Quais os Limites? Há limites?



Neste artigo, um dos resultados das nossas pesquisas no tocante aos Crimes Virtuais, com base em disciplinas como História da Sexualidade, Antropologia Cultural, História do Cotidiano e da Vida Privada, História da Guerra, História da Morte, História da Mulher, entre muitas outras, temos um alerta acerca das questões intrínsecas e estruturais por detrás de uma das modalidades de Crime Virtual mais banalizadas: a incitação à violência sexual e o atentado violento a pudor convertidos em texto e imagem, e engendrados em cenas de fetiches e fantasias. Para onde estaremos rumando?
Após pesquisarmos as múltiplas dimensões do Crime Virtual, podemos perceber que em muitos casos existe a transposição do conflito estrutural entre real e irreal, virtual e presencial, também na mescla de anseios e de motivações da própria ação brutal dentro do ciber mundo. Em um mundo virtual, a violência passa a ser textual e visual, e a necessidade psíquica de alguns seres humanos em exibi-la passa a ser consumida por outros tantos como um prazer, ou uma diversão, perante a dor alheia. Talvez as raízes desse comportamento estejam no panorama global, em que a violência, radio tele difundida, tornou-se mais que acontecimento sensacional, mas sim, sensacionalístico, passou a produto e objeto de consumo, alterando possivelmente drasticamente o cérebro, por possibilitar, dentro da grande crise de valores e descrédito de composições culturais anteriores, uma reassociação entre a adrenalina do proibido e do perigoso, com os impulsos mais instintivamente selvagens, e animalescos, do ser humano: o ataque, a coerção ela força, pela violência, a brutalidade voraz e predatória, tomadas como fetiche, fantasia, mas enlevadas a artigo de prateleira, facilmente obtenível em pencas de sites.
Percebemos isso claramente no tocante aos Crimes Virtuais Sexuais. A banalização do sexo, e a sua associação com o proibido, o perigoso e com a fantasia da violência, produziram na internet uma enorme variedade de perversões sexuais relacionando agressão e prazer, e muitas vezes, parecendo-nos extremamente reais quando buscamos na web pelas terminologias padrão. Notou-se textualmente de finais da década de 1990 a 2006, um aumento da violência textual, quando os sites de hard sex, ou seja, sexo duro, pesado, forte, que ainda demonstrassem alguma obstinação em emoções intensas, passaram a perder espaço para os sites de rape, um dos termos em inglês para estupro, que anexaram ao universo da fantasia, as mesmas violências que também parecem ter crescido no mesmo período na vida presencial. A violência presencial, portanto, foi realmente transposta ao virtual, mas ganhou a categorização de fantasia e produto de consumo. Mas serão todas as cenas existentes na web, realmente, fantasias? Ou ainda, muito além desse debate, seria uma fantasia totalmente imune de consideração criminosas? Não seria uma fantasia rape uma maneira de incitação à violência sexual? E não seria ainda, por se considerar o aspecto público da internet, uma maneira de atentado violento ao pudor, uma vez que a grande maioria desses sites não oferece quaisquer barreiras de cadastro para que os internautas os acessem?
Dúvidas a parte, notamos ainda que a célebre Teoria dos Interditos do antropólogo Marcel Mauss também se aplica à consideração dos crimes virtuais sexuais na web, uma vez que a associação entre festa tabu parece estar bastante expressa na transformação dos atos agressivos de violências como rapto, abuso sexual, sexo forçado, estupro e violação sexual, termos que se referem quase ao mesmo, alusões a crimes jurídicos, que além de quebrarem virtualmente tabus, mantendo exibições ligadas a crimes morais como incesto, ou ainda na deturpação de instituições, como nas alusões de rape cometido por padres, freiras, militares, enfermeiras, professores, alunos, etc., que enriquecem, como personagens de fetiches, as fantasias encenadas nos sites desse tipo de perversidade cultural. Essa alusão a símbolos socialmente sagrados, representantes de instituições consideradas como relacionadas ao espírito de família e de moralidade, parecem demonstrar bem a teoria de Mauss, transferindo o tabu do incesto para toda a sociedade, ao mesmo tempo em que transforma a agressão e o imoral em produto de consumo, e portanto atividade cotidiana, comum, acessível.
O que fazer? Capturar e remover as páginas que diretamente expõe o conteúdo seria o procedimento padrão, mas observamos, e alertamos, aqui, que existe muito além disso uma dimensão muito mais profunda e perigosa para a qual não basta proibir, remover nem bloquear, mas sim agir culturalmente: o comportamento psíquico que vem direcionando o escapismo da violência justamente rumo à aceitação consumista e sensacionalista da violência. Penso que seja um desejo de fazer com que a violência acabe, e percebendo que essa não acabe, que num comportamento um tanto neurótico ou mesmo psicótico, esteja surgindo uma popularização da violência por sua transformação em objeto de consumo. Se esse processo continuar, receio o futuro da sociedade, pois estupros, torturas e outras violências mais, correrão o risco de serem consideradas normais, e nesse momento, teremos regredido muitos milhões de anos, uma vez que até mesmo o Homem de Neanderthal, há cerca de 200 mil anos atrás, sabia o que era a família, pelo que demonstram evidências de suas artes, comunidades e funerais. Os Hunos na Idade Média, desconheciam o sentido de família, e foram autores de muitas violências sexuais e outras mais quando invadiram a Europa. Será esse, o destino da sociedade?
Nos tornaremos criaturas selváticas, anteriores ao advento dos valores sagrados que nos separaram do resto dos animais, mesmo que por vezes ainda percebamos atrocidades que nos igualam a esses, ou mesmo, nos fazem superá-los, possuimos enorme vastidão de desenvolvimentos nas artes, ciências, letras, arquitetura, crenças e por aí em diante, que nos tornam únicos. Estará isso tudo condenado à vitória da brutalidade?
Torna-se claro que a melhor solução é agir contra esse escapismo, é enfrentar de frente o problema da violência, mesmo que a violência estatal tenha de ser usada, que o seja como maneira de assegurar a sacralidade da vida, o amor, a paz, a boa convivência, e lutar contra o obscurantismo que representa o consumismo sensacionalista da agressão. É necessário combater realmente, seja militarmente, seja judicialmente, seja pela educação, ou ainda melhor, pelos três caminhos e quantos outros mais aparecerem, a toda essa onda de violência presenciais, para que a sua transposição ao virtual, cesse, e para que as pessoas, cada vez mais isoladas em suas residências, não mais temam a mundo, nem, temendo, busquem refúgio bioquímico nos mesmos anseios e motivações dos quais tem fugido. Deixar o panorama como está, é esperar para que um dia, não seja o presencial que passe ao virtual, mas sim, o virtual que se torne, a partir de sua liberdade sem limites, realizado no presencial! E isso, será a Banalização do Caos!

O trabalho Crime e Fantasia: Quais os Limites? Há limites? de Gustavo Xamã foi licenciado com uma Licença Creative Commons

A FANTASIA DO SEXO FORÇADO

Acredite, mais de metade das mulheres tem essa fantasia, segundo um estudo. Desde que a experiência seja combinada antes com seu parceiro, é claro.
Homens e mulheres possuem fantasias sexuais, o que é um importante componente para o prazer. Mas cada um tem as suas próprias, ainda que este universo não seja tão amplo assim.
Uma fantasia recorrente entre as mulheres — nem sempre confessada — é o chamado “sexo forçado”. Ou seja, ela sentir que está sendo “possuída na marra”, desde que isso não produza danos físicos a ela.
Numa pesquisa publicada no Journal Sex Research, psicólogos da Universidade do Norte do Texas perguntaram a 355 universitárias com qual frequência fantasiavam sexo forçado. Mais da metade — 62% — admitiu já ter tido fantasias com essa modalidade sexual.
Um outro estudo realizado em universidades americanas vai mais fundo na questão: 57% das universitárias que foram forçadas a fazer sexo com colegas do campus descreveram a experiência como “positiva” e “satisfatória”.
Isso não quer dizer que as mulheres têm prazer em serem estupradas — e seria um erro concluir isso. Quer dizer apenas que o sexo forçado, ainda que de maneira falsa, é uma fantasia bastante comum entre elas.
Ainda mais se tudo acaba em beijinhos românticos.

Roberto Amado

PEDOFILIA É CRIME!!!