sábado, 3 de maio de 2014

Quando um fetiche se torna uma doença?

por Tatiana Ades

Obs: Algumas práticas sexuais aqui descritas são CRIMES dependendo do país.

O fetiche passa a ser uma doença (forma de parafilia) quando a pessoa não consegue fazer sexo sem ele. É impossível que a pessoa se satisfaça de outra forma.
Nesse caso não importa o parceiro, mas sim a realização do fetiche. O fetichista está preso num objeto e nunca num parceiro como forma de sentir prazer. O parceiro serve apenas para ajudá-lo na obtenção desse prazer, mas não importa quem seja ele.

As parafilias são caracterizadas por anseios, fantasias ou comportamentos sexuais recorrentes e intensos que envolvem objetos, atividades ou situações incomuns e causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Quando o indivíduo não consegue manter uma relação sexual sem o uso do seu fetiche, é necessário que busque ajuda.
Muitos casais apreciam alguns fetiches para apimentar a vida sexual, mas deve haver um limite, pois quando o assunto é sexo, entra-se num campo muito vasto e até perigoso. O fetiche é saudável quando faz parte das brincadeiras de casal e das fantasias sem ultrapassar os limites de cada um. Aqui entramos na área de perversão. E em geral comportamentos bizarros (ou perversos), por si só, podem ser considerados doenças e tendem a ser compulsivos tornando a pessoa dependente. Embora o conceito do que seja perverso possa variar de época para época e de cultura para cultura, isso traz uma contradição... pois será que em algum momento de nossa história, no nosso planeta, foi saudável ingerir fezes ou transar com cadáveres?

Logo, há vários tipos de fetiches e parafilias:

Fetiche

A preferência sexual da pessoa está voltada para objetos, tais como calcinhas, sutiãs, luvas ou sapatos, sendo que a pessoa utiliza os mesmos para se masturbar ou exige que o parceiro (a) sempre use esse objeto durante o ato sexual.

Agalmatofilia

Também chamada de estatuofilia é a excitação por bonecas, manequins, estátuas ou modelos representativos de pessoas nuas.

Dendrofilia

É a atração sexual por árvores e plantas em geral. Acredita-se que a dendrofilia teve suas origens em rituais antigos e religiosos. Acreditava-se que unindo-se espiritualmente a uma árvore, o homem poderia perpetuar-se,depois que sua matéria sumisse.

Furry fandom

É a classificação dada às pessoas que gostam de vestir-se como animais antropomórficos (bichos com corpo de gente), ou ver outras pessoas vestidas.
Os simpatizantes desse fetiche gostam de ver pornografia relacionada a pessoas vestidas como animais e do envolvimento delas em atos sexuais

Spanking

Consiste basicamente em dar palmadas no seu parceiro sexual. Pode ser usando as próprias mãos, chicote, régua, chinelo, jornal entre outros. Normalmente nas nádegas (bumbum). A dor está ligada ao prazer, como em muitos fetiches. Há certo prazer em castigar e ser castigado.

Trampling

É para quem curte ser pisado, com pés descalços ou imensos saltos de sapato, em partes do seu corpo (costas, ventre, coxas, seios, bumbum, braços, etc).
Macrofilia ou gigantes

A fantasia do gigantes tem diferentes vertentes, mas todas tratam basicamente do ato de submeter ou ser submetido à vontade, desejo, capricho de outro e ser dominado (ou dominar) de uma maneira incondicional. A diferença gritante de tamanhos torna o pequenino um ser indefeso apesar de todos os seus esforços. Um exemplo disso seriam homens que sentem um fetiche por mulheres obesas. Eles gostam de sentir o peso delas em cima deles, quando mais gorda, maior o prazer.

Clamp

Consiste em colocar elásticos e molas nos mamilos do parceiro sexual controlando a intensidade da dor e do prazer.

Crossdressing

Consiste em troca de roupas, adotando até comportamentos do sexo oposto ao seu. Um homem que se veste e age como mulher e vice-versa.

Podolatria
O prazer sexual está relacionado aos pés do parceiro. É comum ocorrer massagens e até masturbação usando apenas os pés.

Bondage

Geralmente o prazer sexual está associado ao sadomasoquismo, sendo a maior fonte de prazer amarrar, imobilizando o seu parceiro sexual.

No bondage usa-se: cordas, mordaças, vendas de olhos, algemas (também algemas de dedos), grilhões (algemas para os pés), camisa de força, correntes, cadeados, vibradores, coleiras, etc.

Sadismo (sexual)

Denota a excitação e prazer provocados pelo sofrimento alheio, que pode ser físico ou psicológico.
Masoquismo: é uma tendência oposta e complementar ao sadismo, onde a pessoa sente prazer sexual ao sentir dor ou se imaginar em tal situação. Uma humilhação verbal também pode ser considerada masoquismo.
Ponyboy

Nesse fetiche o homem se transforma em um pequeno cavalo. A mulher que o adestra, poderá montá-lo e dominá-lo como se fosse um animal de verdade. O oposto também acontece: ponygirl.

Voyeurismo

O prazer sexual consiste em observar as pessoas. A característica principal é que um voyeur não toca na pessoa, que normalmente nem imagina que está sendo observada. Ele sente prazer em fazer isso escondido, muitas vezes, dependendo da distância, eles acabam usando até binóculos, câmeras entre outros, enquanto se masturba durante ou após observar aquele que escolheu para o seu prazer momentâneo.

Voyeurismo-maieusofilia
Nesse caso, o prazer sexual consiste em transar ou apenas observar uma mulher grávida ou também a visualização de partos.

Frotteurismo
O prazer sexual se dá na fricção dos órgãos genitais em outras pessoas vestidas (vulgo encoxar), isso acontece comumente em ônibus, metrôs, trens, elevadores, etc.

Urolagnia
Também conhecida por “esporte aquático” ou “chuva dourada. O prazer sexual está ligado à urina. Ver alguém urinar ou sentir a urina da pessoa em partes do próprio corpo. Alguns até bebem a urina. NUNCA se deve esquecer que beber urina ou o contato da mesma em ferimentos da pele, poderá causar sérios problemas de saúde. As vias de contaminação estão abertas. Todo cuidado é pouco, quando se fala em mucosas, secreções e fluídos corpóreos.

Coprofilia
Também conhecida por “chuva negra”. O prazer sexual está relacionado às fezes. O fetiche pode envolver a defecação sobre um parceiro que é chamado de “toilet humano”. Normalmente é feito na boca do parceiro sexual. Alguns até ingerem as fezes (coprofagia). Assim como acontece com a urina, também acontece com as fezes, podendo causar sérios problemas de saúde se a pessoa estiver contaminada com alguma bactéria, vírus ou até verminose.

Omorashi
Esse fetiche foi criado no Japão, o prazer sexual consiste em saber que o parceiro ou a própria pessoa está com a bexiga cheia. Normalmente quando se goza no ato sexual, então se esvazia a bexiga. Esse fetiche é mais comum do que se imagina. NÃO confunda com urolagnia (chuva dourada): ato de fazer xixi sem necessariamente ficar esperando até não aguentar mais. No Japão e mesmo aqui no Brasil, há comunidades que se dedicam ao omorashi com entusiasmo.

Teratofilia
Consiste na atração e no prazer sexual por pessoas com deformidades. Uma versão das variações da teratofilia é acrotomofilia atração sexual por amputados.

Fetiche de sangue
O prazer sexual se dá ao ver o parceiro sexual sangrar ou ver o sangue num corpo nu. Muitas vezes acompanhado pelo ato de lamber ou beber o sangue através de sangria: cortando o parceiro.

Necrofilia
O prazer sexual se dá por atração por cadáveres. Muitos adeptos até violam túmulos e isso é crime. Sim, eles transam com mortos.

Crush fetish
Nesse caso o prazer sexual está em ver ou esmagar pequenos insetos ou animais até a morte. Objetos inanimados tais como cigarros, frutas ou brinquedos, também servem como estímulo ao fetiche.

Emetofilia
Conhecida também por “banho romano”, que consiste no prazer sexual ligado ao vômito. Ver alguém vomitando ou vomitar. Alguns até ingerem o vômito (emetofagia).

Zoofilia
O prazer sexual se dá ao sexo com animais não humanos (cães, gatos, cabras, mulas, entre outros animais).

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