quinta-feira, 9 de julho de 2015

Por que as fantasias sexuais são tão importantes?



Quando éramos crianças quem mandava era a imaginação. As dobras do cobertor viravam estradas, preparávamos comida de mentirinha para as bonecas, tinha até amigo imaginário. Depois que crescemos vieram as responsabilidades e a imaginação parece ter mudado de endereço: só conta o razoável, o certinho, o um-mais-um-são-dois, tudo bem pé no chão. Essa seriedade, claro, é necessária em muitas áreas da vida, só que carregada para a cama deixa a relação triste e desanimada como criança que não brinca.
O prazer sexual boceja para o razoável, detesta rotina e seu um-mais-um não tem nada de ciência exata. Ele se alimenta, mais do que tudo, de criatividade. E o espaço para exercê-la é o delicioso – e polêmico – território da fantasia, partilhada ou não. “Polêmico porque muitas mulheres ainda não compreendem a importância da fantasia sexual como estimulante natural do desejo”, observa a psicóloga e terapeuta sexual Rachel Simone Varaschin, do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH). “Persiste uma atitude passiva e de autocensura na busca do prazer e, sem perceber, acabamos responsabilizando o parceiro ou parceira pela nossa insatisfação sexual”.

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