
Objeto animado ou inanimado, natural ou feito pelo homem, ao qual se atribui poder sobrenatural ou mágico. É a primeira definição que aparece no dicionário para o substantivo masculino"fetiche". Palavra de origem francesa - fétiche, que em português vem de feitiço e do latimfacticius "artificial, fictício" – e que nem sempre está relacionada ao sexo. O sentido é amplo, tendo fundamentos teóricos passando pelas história, psicologia e sociologia. Mas a definição que costuma interessar à maioria das pessoas é: situação, objeto ou parte do corpo que estimule o desejo sexual.
Calcinhas & lingeries
"Eu não posso ver um homem de peito nu na rua. Controlo meus olhinhos", é o que conta a produtora de moda Paula Mescolin, 30 anos. Casada há sete anos, ela não esconde seus fetiches do marido e diz conhecer todos os dele. "Ele adora calcinha fio dental. No começo não gostava, mas despertou para isso com o tempo", revela. Os dois estão sempre inovando para que a relação não caia na rotina. E o mais importante: conversam muito. "O diálogo também pode ser erotizante, picante", diz ela.
É mais uma questão de moda. Na época da Tiazinha foi uma febre, muito até por vontade dos homens. Eles não têm criatividade
Para a Paula, o problema é que muitos homens não sabem pedir para a parceira o que querem na cama. "Eles são desajeitados. O cara não percebe que se ele tiver um charme ao propor algo novo, o sexo vai acontecer do jeito que ele deseja. Mas tem que ter uma bossa para conseguir isso", comenta. Mais do que satisfeita com seu relacionamento, ela jura atender a todos os fetiches do marido e provocar outros. "Quando saímos, e ele sabe que estou sem calcinha… Fica maluco! Da mesma forma uma lingerie, um strip-tease e um salto já fizeram um bom efeito", diz. Transas em lugares inusitados fazem parte do cardápio do casal.
Como o marido da Paula, outros homens são vidrados em saltos altos e calcinhas. "Uma lingerie tem efeito muito mais devastador do que um biquíni", afirma Ciro Prates, engenheiro de computação, 25 anos. Segundo ele, é mais fácil lembrar da calcinha que a mulher estava do que a roupa em si. Ainda mais se for uma micro, vermelha e quase transparente. Uma mulher ao ler esse comentário pode pensar "Ele é uma exceção. Homem não repara em lingerie. O que importa para o cara é tirar a calcinha". Será?
"Isso é cisma de mulher. Homem não só gosta de uma lingerie ousada e bonita, como também compra muito para a sua parceira", afirma Margot Bertholo, dona da Sex Shop Muito Prazer. Segundo ela, a mulher tem que perder a vergonha de usar uma calcinha pequena e bonita, mesmo se estiver um pouco fora do peso ou com celulite e estria. Ela garante: eles não enxergam defeito nenhum. "Tenho vontade de bater em mulher que usa calcinha rasgada, larga ou com elástico solto", brinca.
Fantasias
Na sex shop de Margot o que sai muito são as fantasias, compradas por ambos os sexos. Com uma diferença: homens gostam do tipo colegial ou doméstica. Já as mulheres preferem umatigresa ou mulher-gato. "Acredito que mesmo de um modo inconsciente existe um desejo de dominação da relação". Já as máscaras, espartilhos saem menos. "É mais uma questão de moda. Na época da Tiazinha foi uma febre, muito até por vontade dos homens. Eles não têm criatividade". Segundo Margot, os desejos dos homens são baseados muito no que sai na mídia. "Eles vêm uma famosa com determinado adereço e imaginam a parceira na mesma situação".
Margot é do tipo que conversa com os clientes quando estes dão liberdade. E com isso, já escutou vários tipos de fetiche. "Há pouco tempo ouvi uma engraçada. A mulher se 'fantasia' degarota de programa, vai para a rua e combina com o parceiro de ele passar de carro". Margot conta que a mulher faz tudo o que o cara pede na noite e ainda recebe pelo "serviço".
Mais que um desejo, uma vontade de saciar os instintos. Qual o seu?
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